sábado, 24 de outubro de 2015

Aluísio Azevedo, escritor tipicamente naturalista

 Aluísio Tancredo Gonçalves de Azevedo nasceu em São Luís-MA, no ano de 1857. Principalmente, trabalhou no Rio de Janeiro, como escritor. Foi um dos poucos escritores que se manteve financeiramente apenas da sua obra, escrevendo sob demanda durante vários anos. Talvez por isso, sua produção, apesar de numerosa, é irregular do ponto de vista do valor literário.


Aluísio Azevedo é considerado pela crítica como o escritor tipicamente mais naturalista da literatura brasileira. Os romances O mulato (1881), Casa de Pensão (1884) e O cortiço (1890) são destaques em sua produção.


Chama a atenção a presença de ideias científicas da época em sua produção. Isso revela influências de autores como o francês Émile Zola – considerado criador do naturalismo – e o português Eça de Queirós. Sobretudo devido à influência de Queirós, percebe-se um estilo fluente e espontâneo, completamente desvencilhado dos arquétipos românticos.


Ao longo de sua produção, é possível afirmar que os problemas sociais e morais da sociedade da sua época são colocados em xeque. Preconceito de cor, de classe e ganância são algumas das questões expostas em seus textos.


Em 1895, abandonou as letras e ingressou na carreira diplomática, exercendo o cargo de agente consular em Buenos Argentina, onde faleceu, em 1913.


Escreveu tanto obras românticas quanto naturalistas:


Românticas: Uma Lágrima de Mulher (1880); Memórias de um Condenado (1882); Filomena Borges (1884); O Esqueleto (1890); A Mortalha de Alzira (1894) e muitas outras.


Naturalistas: O Mulato (1881); Casa de Orates (1882); Casa de Pensão (1884); O Coruja (1885); O Homem (1857); O Cortiço (1890); O Livro de uma Sogra (1895).



Além disso, escreveu teatro, contos e crônicas.

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